O caso da menina Isabella leva ao debate do jornalismo policial, situação semelhante à da Escola Base. A discussão, pertinente, é levantada em artigo no Observatório da Imprensa.
No caso da morte da menina Isabella, o que mais observei foi o tom de espetáculo adotado pelas emissoras de TV. A especulação tomou lugar da informação. Era nítida a aflição de alguns repórteres no ao vivo, pressionados por âncoras espetaculosos. Os programas jornalísticos do domingo (06/04) anunciaram reportagens especiais, com novas doses de especulação e ampla exploração da imagem do pai de Isabella. Ficou nítida a pressão de âncoras e redação em cima do reportariado. Sobrou mais pressão para os focas. Até que ponto o jornalismo tem de fazer papel de investigador de polícia? Creio que a investigação jornalística seja conduzida de forma diferente.///
Acho impressionante a maneira como a imprensa muitas vezes escreve sem pensar, de fato, nas pessoas envolvidas no fato determinado e na consequência que uma reportagem pode trazer para a vida destas. Neste caso da menina Isabella, a imprensa se preocupa mais em decidir quem é o culpado, do que passar a informação exata do que tem sido descoberto e de como está acontecendo a investigação. A frase final da reportagem deixa claro as consequências que podem trazer para a vida dos envolvidos em uma redação mal elaborada onde não se preza a ética. O que é mais importante afinal: passar a informação correta ou criar uma história para prender mais os leitores? Até que ponto a imprensa usa da ética como fator principal?
Excelentes comentários. E a história ainda não terminou. Os pais já foram condenados, não por opiniões pessoais do público, mas pelo comportamento da imprensa e da polícia. Abs.
Queridos colegas! Concordo com a afirmação de que a imprensa tem assumido uma postura totalmente inadequada. Bom, pelo que discutimos em sala de aula, posso dizer que essas coberturas jornalísticas estão longe de ser consideradas como investigação jornalística. O mais absurdo é que mesmo sem nenhuma novidade no caso "Isabella Nardoni", a TV insiste em repetir as reportagens que passaram no Fantástico, no Jornal Nacional e por assim vai. É massacrante ter que ouvir e assistir a tudo isso, se já não bastasse a crueldade do caso. Estamos à beira de um colapso nervoso!
4 comentários:
No caso da morte da menina Isabella, o que mais observei foi o tom de espetáculo adotado pelas emissoras de TV. A especulação tomou lugar da informação. Era nítida a aflição de alguns repórteres no ao vivo, pressionados por âncoras espetaculosos. Os programas jornalísticos do domingo (06/04) anunciaram reportagens especiais, com novas doses de especulação e ampla exploração da imagem do pai de Isabella. Ficou nítida a pressão de âncoras e redação em cima do reportariado. Sobrou mais pressão para os focas. Até que ponto o jornalismo tem de fazer papel de investigador de polícia?
Creio que a investigação jornalística seja conduzida de forma diferente.///
Acho impressionante a maneira como a imprensa muitas vezes escreve sem pensar, de fato, nas pessoas envolvidas no fato determinado e na consequência que uma reportagem pode trazer para a vida destas.
Neste caso da menina Isabella, a imprensa se preocupa mais em decidir quem é o culpado, do que passar a informação exata do que tem sido descoberto e de como está acontecendo a investigação.
A frase final da reportagem deixa claro as consequências que podem trazer para a vida dos envolvidos em uma redação mal elaborada onde não se preza a ética.
O que é mais importante afinal: passar a informação correta ou criar uma história para prender mais os leitores? Até que ponto a imprensa usa da ética como fator principal?
Fernanda Carvalho
Excelentes comentários. E a história ainda não terminou. Os pais já foram condenados, não por opiniões pessoais do público, mas pelo comportamento da imprensa e da polícia.
Abs.
Queridos colegas!
Concordo com a afirmação de que a imprensa tem assumido uma postura totalmente inadequada. Bom, pelo que discutimos em sala de aula, posso dizer que essas coberturas jornalísticas estão longe de ser consideradas como investigação jornalística. O mais absurdo é que mesmo sem nenhuma novidade no caso "Isabella Nardoni", a TV insiste em repetir as reportagens que passaram no Fantástico, no Jornal Nacional e por assim vai. É massacrante ter que ouvir e assistir a tudo isso, se já não bastasse a crueldade do caso.
Estamos à beira de um colapso nervoso!
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